Woven Stone
Öhau Pinot Noir 2022
Sabemos que para um enófilo profissional o clima não importa: tendo vinho, qualquer situação fica agradável!
Mas convenhamos: degustar um tinto poderoso e encorpado em um escaldante dia de verão nem sempre é uma tarefa fácil! Tanto que as vendas e o consumo dos vinhos brancos e rosés sempre crescem nesse período. Porém, ainda bem que existem opções magníficas de vinhos tintos que combinam perfeitamente nessas ondas de calor. Um exemplo excelente é o protagonista da nossa oferta semanal, o Woven Stone Öhau Pinot Noir 2022.
Oriundo da Nova Zelândia – país que elabora excelentes vinhos, mas que, infelizmente, poucos chegam ao Brasil, este Pinot Noir é o “irmão” do fantástico Sauvignon Blanc que figurou aqui na VinumDay em meados do ano passado.
Assim como a Sauvignon Blanc, a Pinot Noir (variedade tinta mais plantada no país) está presente praticamente em todas as áreas vitícolas neozelandesas, com maior concentração na ilha sul, devido ao clima mais frio. Porém, um local novo vem se destacando na ilha norte, a sub-região de Ōhau, situada em Horowhenua, na costa sudoeste.
Foi somente em 2006 que, ao subdividir uma grande área de terras agrícolas para habitação, um grupo de moradores descobriu um solo composto de pedregulhos e camadas de cascalho, resultado do depósito do rio Ōhau quando ainda era um rio glacial muito maior. Ao ser estudado melhor, descobriu-se que tal solo podia ser comparado a alguns dos melhores vinhedos de Marlborough (considerada a melhor região vinícola da Nova Zelândia). Somado a um microclima único, com baixíssimo risco de geadas, outonos longos e secos e noites frias, a zona de Ōhau abriu-se para o horizonte vitivinícola.
Atualmente existe apenas um produtor, a Ōhau Wines, cuja primeira colheita foi no ano de 2009. É uma vinícola boutique, focada na elaboração de vinhos de alta gama, liderada por Jane Cooper, uma das referências da enologia neozelandesa.
A Pinot Noir é cuidadosamente cultivada pela empresa, que trabalha o vinhedo com um manejo da canópia aberto para que tenha uma excelente exposição solar e os frutos atinjam um amadurecimento completo. Este, é atingido lentamente e com perfeição graças às noites frias que o terroir proporciona. A vinificação é tradicional, em tanques de aço inoxidável com leveduras selecionadas e a uma temperatura levemente inferior aos demais tintos, visando uma maior retenção de aromas e uma extração de taninos mais suave. Finalizada a malolática, o vinho descansa sobre as borras finas por 5 meses antes de ser filtrado e engarrafado.
Sua degustação encantou o time da curadoria VinumDay!
Na taça se mostrou um vinho leve, jovial e refrescante, que apresenta taninos macios, uma ótima profusão de sabores, sobretudo as frutas vermelhas, que se mantém em um final de boca muito agradável, de boa persistência. O olfato também é dominado pelas frutas vermelhas, como a cereja, o morango e a framboesa, que estão alinhadas a rosas-vermelhas e especiarias, como o cravo e a canela, finalizando com uma leve nuance tostada.
Importante mencionar que foi servido a uma temperatura levemente inferior ao normal para vinhos tintos: cerca de 15 °C – o que também garantiu uma refrescância adicional, para deleite dos nossos sommeliers que vêm enfrentando um calor forte e incomum aqui na Serra Gaúcha.
Daqueles vinhos que a garrafa esvazia e nem notamos!
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